Iniciamos ontem, 18, em parceria com a CONTEE e a Secretaria de Formação Nacional da CUT, o curso Educação do Brasil na Atualidade.

Estavam presentes mais de 100 pessoas, entre diretores da CONTE e entidades filiadas.

O tema da primeira aula do curso foi sobre a Conjuntura Política e os desafios do movimento sindical.

 Os palestrantes, o professor Márcio Pochmann e o jornalista Altamiro Borges, fizeram as exposições e suas reflexões sobre o momento que vivemos no mundo e no Brasil.

Márcio Pochmann fez uma explanação sobre o capitalismo no Brasil desde 1920 até os dias de hoje. Em sua fala o professor Márcio, disse, “O Brasil hoje é um país sem vitalidade econômica, o PIB per capita não deve ser diferente do que na década de 1980. Hoje somos um país desindustrializado, em que a indústria pesa menos de 10%, o que era em 1910.”

Pochmann, falou sobre o setor de agronegócio e sua lucratividade, sobre o setor terciário, onde a casa grande dos ricos se apropria cada vez mais da força de trabalho dos trabalhadores.

O professor, trouxe dados do IBGE que demonstram a realidade do subemprego “bicos”, sobre a carga tributária para a classe média e os pobres. Pochmann apontou também a realidade sobre o Estado Policial e o aprisionamento de pobres e negros - hoje temos mais de 900 mil presos.

Rapidamente, o professor Márcio Pochmann falou sobre o (des) Governo Bolsonaro, o movimento neoliberal e a recessão econômica.

 “ Se mantiver no nível atual, a economia brasileira só terá uma situação de crescimento como em 2014, em 2030”.

Altamiro Borges iniciou sua explanação falando sobre a importância e urgência de estudos mais profundos imediatamente. “Estamos vivendo um momento de muitas incertezas sem saber o que vai acontecer pós-pandemia, se era difícil prever antes da pandemia, agora está cada dia mais difícil”.

Miro falou sobre as tendências e as contra tendências no mundo, dentro de muitas imprevisibilidades. “O Movimento Sindical precisa ficar muito atento para não perder a visão estratégica”.           

 Altamiro falou sobre as 4 tendências

- Desastre econômico devastador - a pior crise, uma quebradeira generalizada;

- A crise despejada nas costas dos trabalhadores, com o desemprego, retirada de direitos;

- Concentração do capital (700 mil empresas já fecharam, os grandes vão ocupando este lugar);

- Ofensiva das forças neofascista no mundo.

“Estamos no pior dos mundos, autoritarismo na política, conservadorismo, ofensiva negacionista da política. Este ultra neoliberalismo foi agravando com as distorções do Sistema”.

Sobre as contra tendências, Miro citou:

- As lutas de classes deve se intensificar no próximo período;

- A pandemia mostrou as explosões da desigualdade social;

- Papel do Estado

-  EUA não esta mais sozinho no tabuleiro, o debate esta sendo feito na geopolítica.

Miro, falou sobre o (des) Governo Bolsonaro e o percurso trilhado por ele para chegar a Presidência da República, ele é fruto da criminalização da politica, fruto do golpe.

“O fascismo se chocou através das Igrejas Neopentecostais e a Mídia”, atores responsáveis em colocar Bolsonaro no poder.

Na explanação, Miro explicou sobre a funcionalidade de BOZO para o Império, para a burguesia croaca, para os militares. Ele devasta o campo, faz todas as reformas “necessárias”, destrói os BRICS, entrega o pré sal, destrói os sindicatos.  Miro sugeriu que para derrotar este governo fascista temos que:

- Ter a solidariedade de classe muito presente, fazer um esforço junto com todos os outros movimentos pela bandeira “Auxilio emergencial de 600 reais, tem que continuar”, o movimento sindical tem que sair do isolamento;

- Denunciar a todo o momento todos os retrocessos em todas as áreas,

- Apresentar propostas – apresentar esperança na sociedade brasileira (renda básica virar politica de Estado, fortalecimento dos órgãos públicos, bater no teto de gastos);

- Construir a unidade no nosso campo, construir convergências do campo popular;

- Disputar a narrativa na sociedade, entender as novas tecnológicas – plataformas digitais. 

O debate foi aberto depois das explanações e foi bastante enriquecedor, o que renova as energias para a luta.

Pochmann finalizou dizendo: “As ideias podem mudar pessoas e as pessoas mudam a realidade” 

 

Altamiro

Altamiro Borges

 

Guilhermina

Guilhermina Luzia da Rocha

 

marcio

Marcio Pochmann

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