Quanto a categoria dos professores, digo: é necessário nos posicionarmos, nos colocarmos a favor ou contra o fascismo.
Posicionar na linha de frente, na luta a favor da democracia, contra a opressão. Calar-se, jamais!!
Sim, temos que iluminar todos os "cantos escuros" da nossa categoria onde repousam "tranquilos" os que se julgam neutros, os "isentões".
Aqueles que optam por se calar diante do medo de perderem seus empregos, coitados, não enxergam que já o estão perdendo, dia a dia num governo repressor.
Num governo que em nome da "família" (dele), da igreja (dele), da polícia (que se sujeite à ele), da saúde (sem ciência), da educação (sem questionamentos), da cultura (censurada), da mídia (comprada e partidária), perderão, também, seus empregos, mas cairão na sombra da vergonha de não terem se posicionado, porque perderam o bonde da história, optando por ficarem na sombra, balançando em suas redes e assistindo "de camarote", o que acontecerá a seus pares, julgando que nunca chegará a hora em que cortarão as árvores em que amarraram as cordas.
Nesse momento, pode ser tarde para pedir por ajuda. Pode ser tarde para gritar por socorro.
Somos responsáveis pelas escolhas que fazemos. Teremos que arcar com elas, num futuro próximo e na história. A história que está sendo escrita agora. Ficaremos registrados nela, de um dos lados.
É dada a hora de você escolher o seu.
Portanto, mesmo com o medo (inerente ao ser humano), que está ainda mais latente em todos nós nesse momento, posicione-se!
O que se espera não é que você tenha uma atuação política, revolucionária e nem que se filie a algum partido. O momento demanda apenas que você não ignore as circunstâncias e sim, que você se posicione.
Posicione-se, a favor ou contra o que fere todo e qualquer direito arduamente adquirido: direito a saúde, ao estado de bem estar social, a livre expressão, a livre opinião,...
Posicione-se, contrário ou a favor a todo esse crime contra a humanidade que estamos vivendo e vendo acontecer.
Você está sendo cúmplice, ao não se posicionar. Está sendo conivente com tudo o que está vigente.
Depois, não diga que não avisei.
Geórgia Garcia é professora do Ensino Fundamental 1 da Escola Comunitária de Campinas; 35 anos de profissão .
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" O tempo chegou para todos e cada um de nós, para decidirmos quais de nós seremos parte do problema e quais de nós seremos parte da solução."
(Tradução livre do discuso de John Sinclair)
