Número foi apresentado pelo Painel Unificador Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro durante reunião que marcou um ano do projeto, uma união de pesquisadores e moradores das favelas para preencher a lacuna de informações sobre a doença e orientar as ações de proteção.

As mortes por COVID-19 registradas nas favelas do Rio de Janeiro passam de 6 mil segundo os dados levantados pelo Painel Unificador Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro, uma iniciativa voluntária de um grupo de pesquisadores em parceria com coletivos que atuam nas localidades. Esse número é maior do que o registrado em 166 países em todo o mundo, e representa 20% de todos os óbitos do Estado do Rio de Janeiro.

  O Painel é alimentado por informações coletadas por 24 coletivos e organizações aliadas, que também identificam e procuram atender a demanda das suas comunidades, com apoio dos pesquisadores. Dessa forma, e graças a um monitoramento intensivo da situação de avanço da doença, os moradores do Complexo da Maré foram incluídos em um projeto de vacinação em massa da Fiocruz, que vacinou todos os maiores de 18 anos em três dias entre sete e dez de julho. “Chegou na Maré, mas deveria ter chegado em todas as favelas”, diz Theresa Willamson, pesquisadora e diretora executiva da Comunidades Catalisadoras (ComCat), uma das entidades organizadoras do painel.

 Com levantamento inicial em pouco mais de 100 favelas, o Painel ganhou maior alcance com a criação de uma metodologia de levantamento a partir do CEP, o que também tem permitido a identificação de erros e falhas na cartografia da cidade. “Mais de 50% de seguimentos de ruas nas favelas não tem 

 
 

CEP”, informa a pesquisadora responsável pelo estudo, Renata Gracie, da Fiocruz. A partir da análise dos dados levantados com essa metodologia, Renata afirma que a mortalidade brasileira é maior do que a registrada nos Estados Unidos e na Índia, países com

número maior de casos do que o Brasil. “O Estado do Rio de Janeiro tem 5% dos casos e 10% dos óbitos do país e a cidade do Rio de Janeiro, 38% dos casos do Estado e 51% dos óbitos”, conta Renata. “Uma situação ímpar no mundo”, resume Theresa.

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Fonte: www.congressointernacionaldotrabalho.com/

 

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