Em um cenário de transformações profundas tem obras no mundo do trabalho e de violentos ataques aos direitos trabalhistas, o sindicalismo de resistência, busque mobilizar, conscientizar e organizar uma classe na luta por seus anseios imediatos e futuros.

Na atual fase regressiva e destrutiva do capitalismo, o desemprego, a informalidade e a precarização batem records no planeta e no Brasil. As aceleradas de aprendizagem de seus funcionários, mais eficientes, por um tempo familiar de lazer e de uso apropriado minoria de ricaços.

Nesse processo de desmonte do trabalho, o capital aproveitado para, através da ação política, golpear todas as conquistas históricas dos assalariados. A onda neoliberal retira direitos trabalhistas, desregulamenta, estimula a uberização e investe contra a organização de classe dos trabalhadores, contra seus sindicatos.

Está em curso um onda neofacista no planeta, autoritária e contra a ação coletiva dos exploradores. Neste de tamanhas adversidades, os sindicatos ganharão um contexto ainda maior relevante. Sem eles, os trabalhadores seriam reconduzidos à escravidão total, sem direitos, espezinhados e humilhados.

É preciso sindicalizar, mais do que nunca, revolucionar a ação, transformando como entidades em ferramentas de divulgação, conscientização e organização da classe. Urge investir ainda mais na comunicação, na disputa de ideias na categoria e na sociedade, e na formação de novas lideranças. É preciso intensificar o trabalho sindical junto à juventude, às mulheres, às parcelas mais discriminadas da sociedade, aos territórios de moradia, aos espaços de cultura.

Pandemia acelera a precarização do trabalho

A pandemia da Covid-19 só agravou esse quadro adverso, abrindo uma nova e desafiante etapa para a luta dos trabalhadores. Segundo dados de outubro passado, uma crise sanitária do novo coronavírus deflagrada em março de uma onda sem precedentes de desemprego e perda de renda. Em todo o planeta foram mais de 250 milhões de empregos perdidos em 2020 e outros 130 milhões no ano passado.

Já no Brasil, segunda pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de agosto último, o desemprego aberto vitima 14,1 milhões de pessoas; a condição de desalento atinge mais de 5,4 milhões de assalariados; trabalho de forma subocupada cerca de 7,7 milhões; e outros quase 5 milhões de trabalhadores estão na inatividade e precisam de uma ocupação. No total, cerca de 32 milhões de pessoas precisam de um emprego.

Muitas das vagas que foram dizimadas durante a pandemia do coronavírus não devem ser recuperadas no próximo período. O trabalho home office –, como entregas por, chamados, alguns avanços tecnológicos e outros aplicativos remotos dos avanços tecnológicos, que eram previstos para serem implantados em anos, já são remotos, uma vez que foram implantados em uma realidade complexa e dura.

Com a perda dos empregos formais, milhões de brasileiros se transformam em ilusórios “empreendedores”, sem direitos trabalhistas ou segurança na aposentadoria. Reportagem da Folha de S.Paulo de 12 de outubro passado revela que “trabalhar por conta própria virou uma saída para quase 25 milhões de pessoas no Brasil. O resultado record reflete a lentidão do mercado formal; 1,6 milhões de trabalhadores viraram MEI [microempreem] nos últimos seis meses de trabalho individual 87,7 milhões de pessoas com tipo, formal ou informal... 28,2% de trabalho individual, por conta própria”.

* Texto elaborado como contribuição para o 10º Congresso do Sindicato dos Trabalhadores em Água, E Meio Ambiente de São Paulo (Sintaema).

** Continua...

 

Por Altamiro Borges

Fonte altamiroborges.blogspot.com

.